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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Grandes Heróis Marvel # 4 e 5 - X-FORCE: Sexo + Violência

 
Dificilmente podemos julgar toda uma obra a partir do título. Esta é uma exceção. Nos números 4 e 5 de GHM (edição da Panini Comics), sexo e violência escorrem por todas as páginas.Ok. Bem mais o segundo caso que o primeiro, mas a tónica realmente assenta nesses dois vetores de imediato apelo. Se isso é mau? Como diria Jack Estripador "vamos por partes".
 
A partitura é escrita a duas mãos, Craig Kyle e Chris Yost. Dupla conhecida pela sua carreira na X-Force. Os desenhos ficam a cargo de Gabriele Dell'Otto (de "Guerra Secreta", saga bastante importante na cronologia marvel, escrita por B.M. Bendis, mas muito pouco referenciada).
 
Se o texto é escorreito e despretencioso, a arte é brilhante e por si só valeria a edição. Felizmente as desventuras de Dominó e Wolverine (o resto da equipa aqui é apenas secundária) divertem pelos seus diálogos ácidos, pela quimica entre personagens e consequente empatia com o leitor.
Se as cenas de sexo parecem forçadas? considerando os personagens que são, eu não esperava grandes romantismos. O pragmatismo aliado à condição humana de que somos apenas carne e ossos ou no caso, mutantes.
Assim sendo,  não estamos a falar propriamente de Shakespeare.
Dominó envolve-se com a Liga de Assassinos e sua lider, a ex esposa de Gambit,  Belladonna. Surgem mais alguns personagens e confrontos surpresa e sobra para Wolverine e companhia salvar o dia. Tudo regado com diálogos rápidos e eventual sexo.
 
Os comics também são isto. Entretenimento puro sem pretensões a ensinar o que quer que seja. E quando é feito assim, com boa dinâmica de ação e transição de quadros, a leitura é um prazer.
 
O mesmo não se pode dizer do inicio do arco "Xenogênese" (em GHM #5), escrito por Warren Ellis (Authority, Planetary) e com arte de Kaare Andrews (Gen13, Homem Aranha).
Os X-Men são contatados por T'challa, para investigarem vários casos estranhos de nascimentos de bebés, aparentemente mutantes (na maioria dos casos o gene mutante só desperta na puberdade).
 
A partir desta premissa, os diálogos entre os personagens discorrem em chorrilhos e clichés básicos sobre os vários governantes das nações africanas e sobre o próprio povo.
É estranho ver alguém com o curriculo de Ellis, escrever de forma tão vulgar e desinspirada, em constante "in your face" com o leitor, num panfletarismo rídiculo.
Mas se o texto é fraco e a ação não desenvolve, os desenhos deixam francamente a desejar. Ainda que se releve alguns problemas de anatomia, Andrews é particularmente mau a desenhar os rostos das personagens femininas (com destaque para Armadura e Emma).
Espero francamente que os autores no próximo número elevem a fasquia, pois até ao momento é francamente dispensável.

2 comentários:

  1. Gabrielle Dell'Otto é maravilhoso... guardo essa BD pra todo o sempre por causa da arte dele, sim, o argumento é banal, apenas motivo pra juntar todos os vilões mafiosos do Logan, ter muito sangue e colocar a Dominó para transar com ele... mas vale a leitura sem muito compromisso, já o Warren Ellis...esperava MUITO mais dele em Xenogênesis...parabéns pela matéria R.S.

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  2. sim, basicamente é isso. Não percebo porque não vemos mais trabalho de Gabrielle Dell'Otto mais regularmente. Xeno começa mal mas não acaba tão mal assim. Ainda assim muito abaixo do que se esperaria do autor.

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